Nascido em 13 de abril de 1939, natural de Campos dos Goytacazes, tendo chegado ao Rio de Janeiro aos dois anos de idade.
Em
1952, conheceu o Império Serrano, através de um de seus irmãos. Esses
eram os gloriosos anos da escola e nela, foi integrante da bateria,
passista, mestre sala, tendo em 1989, vencido a disputa de samba enredo
(um samba antológico em homenagem a Jorge Amado), e sido o primeiro
mestre sala, e, como primeira porta bandeira, sua filha Andrea Machado.
Após
escrever um samba na década de 60 em homenagem a famosa mulata Vera
Lucia Couto dos Santos, miss do Clube Renascença e que foi miss
Guanabara, foi aceito na ala dos compositores do Império Serrano.
Nos
tempos da ditadura, foi perseguido pela censura e convidado a
comparecer à sede da polícia do exército na Barão de Mesquita, acusado
de subversão. Em verdade, essa é sua marca registrada, letras de cunho
social, de protesto, fazendo de sua poesia uma forte arma contra as
desigualdades, sendo por alguns conhecido como o ‘’sociólogo do samba’’.
Participou
dos épicos shows do teatro Opinião, se apresentando ao lado de nomes
como Zé Ketti, Nelson Cavaquinho, D. Ivone Lara, Nara Leão, João do
Valle.
Diversas
são as vozes marcantes da MPB que gravaram sucessos seus, como Zeca
Pagodinho, Alcione, Beth Carvalho, Jamelão, Dudu Nobre, Casuarina,
Neguinho da Beija Flor, Martinho da Vila.
Entre
seus inesquecíveis sucessos estão: Minha Filosofia, Mar de Carinho,
Artifício, Escasseia, Pisa como eu Pisei, Obrigado meu Deus,
Humanidade, Falange do Erê, Sambista de Fato.
Na
década de 70, venceu o programa ‘’A Grande Chance” de Flavio
Cavalcante, interpretando ‘’ Aí então...”; Época que gravou seu
primeiro LP ‘’Apesar dos Pesares’’.
Tem
como parceiros habituais, Arlindo Cruz, Ney Lopes, Acyr Marques, Zeca
Pagodinho, sendo um capítulo à parte sua lendária parceria com Beto sem
Braço, parceria essa que manteve a patente de escola com maior celeiro
de compositores do mundo do samba, iniciado por Silas de Oliveira.
Na
década de 70 transferiu-se para a Ala dos Compositores da Vila Isabel,
tendo permanecido até 1981, quando retornou ao seu glorioso Império
Serrano, onde iniciou sua vitoriosa parceira com o já citado Beto sem
Braço.
Em
1982, compõe o estrondoso sucesso Bum bum Paticumbum Prugurundum, tendo
arrebatado todo o Brasil, e levado o Império Serrano à sua ultima
vitória.
Não
parou mais de ganhar sambas enredo. Só no Império Serrano foram 12,
sendo que conquistou 6 Estandartes de Ouro do Jornal O Globo,
considerado o Oscar do samba.
Em
1983, outro sucesso absoluto ‘’Mãe Baiana’’; em 1986 mais uma vez pegou
na veia com o atualíssimo ‘’Eu Quero’’, conseqüência, mais dois
estandartes de ouro. Em 1987, outra vitória, dessa vez homenageando
Chacrinha. Mais uma vitória em 1989, com enredo sobre a vida e obra de
Jorge Amado.
Venceu
ainda em 1993, com o enredo “Império Serrano, um ato de amor’’
(estandarte de ouro); 1996 com o enredo em homenagem ao Betinho,
‘’Verás que um filho seu não foge à luta”, quando compôs ao lado de
Arlindo cruz um dos mais belos sambas enredo de todos os tempos; 2002
com o enredo sobre Ariano Suassuna; 2003 com o enredo ‘’Onde houver
trevas que se faça a luz’’; 2006, com Arlindo Cruz faz o inesquecível
Império do Divino –mais um estandarte de ouro; 2007 falou sobre as
diferenças ‘’ Ser Diferente é Normal’’, e por fim, 2011 em homenagem a
Vinicius de Moraes (estandarte de ouro).
Integrante
da Velha Guarda Show do Império Serrano, onde realiza shows por todo o
Brasil, tendo participado da gravação do DVD de Zeca Pagodinho e do DVD
de Dudu Nobre.
Conselheiro do Centro Cultural Cartola, desde 2011.
Em 2001, gravou depoimento para o Museu da Imagem e do Som.
Atualmente está na disputa do samba enredo do Império Serrano, samba este apontado por enquetes de internet como favorito.
O
talento prova que a arte não tem idade, Aluisio Machado nos mostra
isso. Um baluarte do samba ainda em plena atividade, nos presenteando
com suas poesias e com seus shows onde mais do que cantar, ele dança,
faz o verdadeiro miudinho, conta casos e deixa a todos com um gostinho
de quero mais.
